Sabedoria Ramatis

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domingo, 21 de agosto de 2016

A TÚNICA NUPCIAL





PERGUNTA: - Qual é o simbolismo da "túnica nupcial", mencionada na parábola do "Festim de Bodas"? Jesus referia-se a algum direito, privilégio ou concessão divina; talvez a alguma vestimenta iniciática, que o convidado do banquete divino deveria usar?



RAMATÍS: - A parábola indica, perfeitamente, que o convidado a participardo "Festim de Bodas" já deveria possuir a "túnica nupcial", ou seja, certa credencial ou estado espiritual superior que, então, lhe proporcionaria o direito de permanecer no banquete.

Assim como na Terra festeja-se alguém pelo término de algum curso, ou quando se distingue em alguma competição, ou por qualquer ação incomum ou obra meritória, na parábola de Jesus só vestem a "túnica nupcial" os convidados que conseguiram uma categoria de determinado gabarito espiritual. A "túnica nupcial", nesse caso, não é somente um direito pessoal, mas ainda define uma elevada transformação espiritual na intimidade do ser.



PERGUNTA: - Como se percebe no "Festim de Bodas" essa condição íntima e intrínseca superior do convidado, cujos méritos dão-lhe direito ao ingresso no banquete divino?

RAMATÍS: - Jesus explica na parábola do "Festim de Bodas" que o rei indaga ao intruso, com certo espanto: "Como entraste aqui, sem a túnica nupcial?" A surpresa do rei prende-se ao fato de ele ver alguém situado naquele ambiente de vibração tão excelsa e incomum, mas sem ter alcançado a sublimidade da freqüência vibratória espiritual exigida para a "túnica nupcial". Todos os convidados do banquete do rei, ali podiam se manter e equilibrar-se no meio tão superior, graças à posse da "túnica nupcial", ou seja, já haviam alcançado a purificação espiritual. Assim, era verdadeira aberração a presença do "intruso", o qual se traía frontalmente pela sua graduação inferior, uma vez que não vestia-se de acordo com a tradicional identificação sublime.


PERGUNTA: - Poderíeis distinguir-nos melhor, nesse caso, o espírito e a "túnica nupcial"?



RAMATÍS: - O espírito do homem é a centelha ou chama de luz, síntese de todas as faculdades criadoras divinas, enfim, a miniatura do próprio reino de Deus. O Gênese (capítulo 5) enuncia que "o homem foi feito à imagem, à semelhança de Deus", enquanto o Mestre Jesus confirma esse enunciado, ao afirmar: "Vós sois deuses" ou, ainda, "Eu e meu Pai somos um". Mas a "túnica nupcial" mencionada na parábola do "Festim de Bodas" é a vestimenta do espírito, que lhe dá a configuração humana; porém, em sua última etapa de aperfeiçoamento nos mundos transitórios das formas, e assim translúcida e imaculada, a refulgir com a intensidade semelhante à luz irradiada da intimidade do ser eterno. É o produto de milhões ou bilhões de anos de lutas, equívocos, amores, ódios, alegrias, tristezas, venturas, tragédias, luzes e sombras, até que o anjo do altruísmo consiga exterminar o animal do atavismo dos instintos da carne.



DO LIVRO: “O EVANGELHO À LUZ DO COSMO” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO CONHECIMENTO.

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