Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

sábado, 30 de novembro de 2013

A ADAPTAÇÃO DOS EMIGRADOS DA TERRA.





PERGUNTA:  Poderemos supor que os emigrados da Terra hão de adaptar-se rapidamente ao novo ambiente do exílio?

RAMATÍS: Sob a força intuitiva e a recordação subjetiva, eles criarão sistemas de vida favoráveis aos habitantes de lá, pois, embora nascendo na forma hirsuta e primitiva, estarão latentes na sua memória etérica todas as realizações conhecidas na Terra. A princípio, ante a coação de corpos tão rudes e animalizados, olvidarão a realidade da vida vivida no vosso orbe mas, no futuro, em certas horas de nostalgia espiritual, sentir-se-ão como estranhos no planeta, recompondo outra lenda parecida com a de Adão e Eva enxotados do Paraíso, por haverem abusado da "árvore da ciência do Bem e do Mal". E sob a mesma índole do que já se registrou na Terra, também surgirá no astro-exílio uma versão nova dos "Anjos Decaídos", rebeldes à Luz Divina, formando a génese daquele planeta inferior. E abrir-se-á outra vez o extenso caminho da alegoria religiosa e dos indefectíveis dogmas, a oprimirem no futuro os primeiros agrupamentos religiosos do astro-exílio! E, antes que pergunteis, já vos iremos dizendo que as lendas se repetirão ali devido à saudade do mundo terrestre perdido, cujo conforto, como conquista da vossa ciência, há de vibrar na mente evocativa dos exilados, na figura de bens deixados em um Paraíso! E, apesar das sucessivas descobertas, adaptações, e do progresso natural do meio, predominará no âmago de cada exilado a ideia de se encontrar num mundo infernal, onde é obrigado a "comer o pão com o suor do seu rosto"! Inegavelmente, repetir-se-ão no planeta-exílio os mesmos temas já vividos por aqueles alunos reprovados na Terra, que estará sendo promovida, então, à função educativa de Academia, no terceiro milênio.

A influência anímica na abertura dos trabalhos mediúnicos – X





PERGUNTA:  E no caso dessas chaves ou saudações repetidas dos desencarnados serem proferidas em sânscrito, hebraico, bantu, guarani, árabe ou qualquer outro dialeto estranho, como já temos observado, que deveremos compreender?



RAMATÍS:  Sabeis que um "louvado seja Deus", pronunciado com ânimo e convicção sincera, em qualquer dialeto ou idioma estranho à vossa raça, sempre há de possuir a necessária força espiritual emotiva, independentemente da língua em que é falado. Mas não passa de excêntrico o médium intuitivo que usa de saudações em idioma estranho à sua própria raça, e depois não consegue transmitir o restante da mensagem na mesma língua. Quando se trata de médium poliglota ou xenoglóssico, é evidente que ele pode comunicar toda a mensagem do desencarnado na linguagem que ele usava em vida física, quer seja o francês, o bantu, o turco ou o chinês.

Às vezes é apenas encenação propositada por parte do médium intuitivo, que em vigília conhece o fraseado em língua estranha e o usa como chave no início da comunicação. Cremos que vos seria bastante estranho se, através deste médium intuitivo, ditássemos a nossa costumeira saudação de "Paz e Amor" em indo-chinês, isto é, no idioma pátrio que cultuamos na última existência terrena e, no entanto, depois não pudéssemos transferir-vos na mesma língua o resto da comunicação.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A influência anímica na abertura dos trabalhos mediúnicos – IX





PERGUNTA:  Em alguns trabalhos espíritas ouvimos comunicações de boa índole e de algum sentido construtivo. Porém, estranhamos certos "chavões" muito repetidos pelos comunicantes, em linguagem exótica e típica de outras raças. Aliás, alguns confrades explicaram-nos que certos espíritos usam siglas ou saudações particulares, que assim os identificam mais facilmente no início de sua manifestação. Que dizeis?

RAMATÍS:  A saudação tradicional, com que alguns desencarnados iniciam suas preleções, é mais própria de sua índole peculiar, e não representa qualquer senha ou código, que seria rematada tolice aceitar como prova de identificação espiritual. Nós também vos saudamos, às vezes, com as palavras "Paz e Amor", no limiar de nossas mensagens espirituais, sem que por isso estejamos presos a qualquer código de identificação ou signo esotérico. Embora não se trate de quaisquer palavras sagradas ou mantrânicas, certas frases peculiares aos desencarnados, ao se manifestarem nas sessões espíritas, já predispõem o público para vibrar-lhes em simpatia no reconhecimento de sua presença.

DO LIVRO: “MEDIUNISMO” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO CONHECIMENTO.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O RETORNO DOS EXILADOS


PERGUNTA:  Qual o tempo que supondes preciso, pelo nosso calendário, para o retorno de todos os exilados?



RAMATÍS: Quando o astro retornar, isto é, em sua nova aproximação da Terra, daqui a 6.666 anos, em que ficará um tanto mais distanciado da órbita terráquea, pelo gradual afastamento nas oscilações cósmicas expansivas, aqueles que já estiverem livres de suas mazelas e da carga magnética deletéria, farão a transmigração em massa para a Terra, enquanto os mais recalcitrantes continuarão nos ciclos reencarnatórios depurativos do próprio planeta-exílio.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Elucidações de Ramatís sobre o astro intruso e planetas primitivos.




PERGUNTA:  E qual o motivo pelo qual assegurais que o astro intruso guarda afinidade com a Terra?

RAMATÍS:  O planeta higienizador não guarda absoluta identidade física com a Terra quanto à sua expressão panorâmica exterior, mas é "interiormente" um dos que mais se afinizam com o padrão psíquico da maioria da vossa humanidade, que se abandona à esclerose das paixões inferiores. O seu conteúdo magnético astral é de profunda simpatia aos espíritos que para ali serão transferidos; o seu energismo íntimo vibra correspondentemente ao psiquismo da massa que será atraída para a sua atmosfera etéreo-astral. Em torno do seu campo áurico, muitos espíritos terrícolas farão estágio de trabalho socorrista, a fim de tornarem o meio etéreo-astral adequado à descida reencarnatória dos enxotados da Terra.

Ser médium.


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A influência anímica na abertura dos trabalhos mediúnicos – VIII





PERGUNTA: Não desejamos censurar o trabalho dos médiuns novatos que são sinceros e entusiastas, mas às vezes observamos certa competição de oratória mediúnica junto à mesa espírita, o que nos parece contrariar algumas recomendações feitas por Allan Kardec no "Livro dos Médiuns"! Que dizeis?

RAMATÍS: Obviamente, a solução do animismo, que se manifesta nos seus mais variados aspectos, não será conseguida através de censuras; mas é necessário enfrentar esse problema sem receio dos "tabus" ou de ferir susceptibilidades presas ao misticismo improdutivo. O Espiritismo é doutrina sensata e evolutiva, e não pode endossar as anomalias que no exercício mediúnico podem situá-lo sob a crítica maldosa dos adversários. O médium, que é um dos elementos de maior importância na propaganda do Espiritismo prático, deve impor-se pela sua modéstia, conduta moral superior e um serviço mediúnico isento de quaisquer excrescências ridículas.
Os médiuns são homens e, por isso, imperfeitos. No entanto, desde que estudem conscienciosamente as obras codificadas por Allan Kardec, ficam esclarecidos desde o início do seu labor mediúnico quanto às incongruências que precisam evitar em nome da doutrina espírita, quais os percalços da mediunidade imperfeita e o desajuste dos médiuns no tocante às suas qualidades morais, conforme é exposto no "Livro dos Médiuns” (1).

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A influência anímica na abertura dos trabalhos mediúnicos – VII


Foto de Hercílio Maes


PERGUNTA:  O vosso médium, que nos parece desembaraçado e desprovido de convenções, chapas ou prosopopéias mediúnicas, porventura também atravessou essa fase anímica e contraditória, transmitindo o pensamento dos encarnados através de comunicações ridículas, ingênuas e superficiais?


RAMATÍS:  Sem dúvida, na fase primária do seu desenvolvimento ele também comunicou as ideias dos espíritos através de frases empoladas, dos dísticos supersticiosos ou redundâncias sem proveito doutrinário. Durante longo tempo mantivemo-nos na expectativa, aguardando pacientemente que ele atravessasse o período das longas perorações, dos datismos próprios dos intelectos desenvolvidos, porém indisciplinados, das narrativas fatigantes e intermináveis, fruto natural do seu animismo e inexperiência. Ele também proferia longas saudações de abertura em trabalhos espíritas, copiou os gestos, as exclamações e o tom da voz dos médiuns aos quais atribuía o melhor quilate. Muitas vezes exagerou nos floreios provincianos, tentando impressionar o público pela exposição de conceitos triviais, que julgava de alta filosofia espiritual. No entanto, quando temíamos que ele se cristalizasse num mediunismo improdutivo e convencional, mostrou-se inconformado com a situação e desejoso de novos conhecimentos e atirou-se incondicionalmente ao estudo de tudo aquilo que lhe pudesse dar um conceito superior da vida criada por Deus. Vimo-lo romper as fronteiras ortodoxas de sua crença e pesquisar os esforços alheios dos demais homens que sinceramente buscam a Verdade, cimentando-os com os ensinamentos da ciência e da psicologia do mundo material. Na sua investigação incondicional sobre a imortalidade do espírito, o nosso médium terminou por compreender que Deus é íntegro à sua Obra, por cujo motivo a própria matéria é também uma criação divina, como condição provisória para a alma despertar a sua consciência.

sábado, 23 de novembro de 2013

Elucidações de Ramatís sobre os orbes que estão interpenetrados entre si.


PERGUNTA:  Como poderemos assimilar a ideia de que os orbes estão interpenetrados, entre si, por energias que se incorporam na descida angélica?

RAMATÍS:  Para isso, é bastante saberdes que esses orbes sendo mundos semelhantes, possuem entre si relações afins, derivadas dos mesmos planos cósmicos que os interpenetram, embora essas relações escapem à observação da instrumentação física e sejam despercebidas pela visão comum. 
No vosso mundo, todo líquido, sob qualquer forma e em qualquer latitude do globo, possui relações íntimas e indiscutíveis, além da simples expressão exterior; consistem elas na identidade fundamental do líquido — oxigênio mais hidrogênio, elementos afins da água. Essa fórmula é o elo indestrutível e eletivo da água, sob qualquer condição.
Os globos físicos que rodopiam em torno de seus núcleos solares estão aparentemente separados pelos espaços vazios da visão humana; no entanto, eles se ligam vigorosamente entre si, pelas energias imponderáveis dos planos mental concreto, astral e etérico, e as suas auras se tocam e se comprimem no intercâmbio de influências de todos os tipos. Eles rodopiam dentro de verdadeiros "canais siderais", que perfuram nos campos das energias poderosas que os sustém no espaço. Nesse trânsito sideral, deixam sulcos luminosos de efervescências energéticas, que os encarnados ignoram e de cuja existência nem ao menos suspeitam em sua imaginação demasiadamente escrava das três dimensões.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A influência anímica na abertura dos trabalhos mediúnicos – VI






PERGUNTA:  Essa preocupação anímica e febril de alguns médiuns em "abrir" os trabalhos mediúnicos, assim como os chavões e as frases obsoletas com que eles preludiam as comunicações dos desencarnados, devem ser alvo da nossa censura na seara espírita?

RAMATÍS:  Desejamos esclarecer-vos que o nosso principal intuito nesta obra é o de enfrentar o problema anímico em sua essência, sem receio de qualquer "tabu" ou misticismo lacrimoso que favoreça a instituição de dogmas no seio do Espiritismo. Muitos fatores indesejáveis e que rebaixam o nível das comunicações espíritas podem muito bem ser corrigidos em tempo, e assim desimpedirem o progresso medianímico. Não podemos censurar os médiuns anímicos, porque o animismo é fruto natural e lógico do seu desenvolvimento mediúnico, embora muitos deles continuem estacionados nessa improdutividade, depois de já se considerarem completamente desenvolvidos. O médium em desenvolvimento é um desarvorado, engatinhando dificultosamente e copiando os cacoetes, as veleidades e as contradições daqueles que ele julga mais competentes. Na verdade: o médium evolui ou cristaliza-se; ele estaciona entre as excrescências anímicas copiadas do "modelo" veterano em que se inspirou, ou então estuda, pesquisa e desenvolve o senso de autocrítica suficiente para entender melhor o seu próprio temperamento e caráter, a fim de se livrar o mais cedo possível das anomalias do animismo improdutivo.

domingo, 17 de novembro de 2013

A veste sideral.


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Quem pode herdar a tara etílica?






PERGUNTA:  Diversas notabilidades médicas afirmam que os descendentes de alcoólatras podem herdar a tara etílica ou nascer imbecilizados, ou com retardamentos mentais, como conseqüência do desregramento dos pais ou avós. Isso não encerra um desmentido à Lei do carma, pela qual os filhos não pagam os pecados dos pais?
 
RAMATÍS: Nenhum espírito regrado e que tenha sido inimigo do álcool na vida física anterior há de renascer na linhagem carnal com a tara do alcoolismo. Tara alcoólica não se herda sem razão, pois, como bem dizeis, os filhos não pagam pelos pecados dos pais. Se o indivíduo é propenso ao alcoolismo ou se nasceu no seio de uma família de alcoólatras, o culpado é ele mesmo porque, ou se entregou ao vício do álcool nesta encarnação, ou foi levado, por afinidade de gostos ou por determinação superior, a se encarnar no seio dessa família.
Há que considerar que, de conformidade com a lei de Causa e Efeito, aquele que cria o estigma do alcoolismo em qualquer linhagem humana terá que retornar à mesma descendência que degenerou, para colher o resultado daquilo que semeou devido à sua invigilância espiritual. Há de se tornar, pois, um “mata-borrão” vivo a enxugar os venenos com a própria carne. Assim é que muitas vezes o avô ou o bisavô alcoólatra retorna ao vosso mundo como seu próprio neto ou bisneto, para expurgar em si mesmo a tara que, devido à sua imprudência, transmitiu à família.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Considerações de Ramatís sobre o astro primitivo.






PERGUNTA:  Poderíeis dar-nos uma idéia das condições magnético físicas favoráveis aos exilados da Terra, nesse astro primitivo?

RAMATÍS:  Apresenta condições semelhantes às da Terra, sem porém igualá-las. Esse astro lembra a fase pré-histórica do vosso globo, nos primórdios formativos do Homem do Sílex. É um planeta cujo metabolismo de vida reside também nas trocas de oxigênio, mas a sua consolidação física, a rotação, o volume, a translação e a órbita que percorre obedecem a princípios mais amplos de outro sistema solar. Assim como na fabricação de confeitos uma mesma receita pode apresentar variações no produto, quando submetida a temperatura ou introdução de substâncias diversas ou intermediárias, também os mundos, embora semelhantes na sua contextura químico-física, variam conforme as influências exteriores e o potencial do campo magnético em que se consolidam.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A influência anímica na abertura dos trabalhos mediúnicos – V




PERGUNTA:  Como se explica melhor essa aflição de quase todos os médiuns novos, quanto à sua insistência e preocupação de "abrir" os trabalhos mediúnicos com a palavra dos seus guias, que geralmente denominam de "protetores"?


RAMATÍS:  Os médiuns novatos crêem que o seu desenvolvimento mediúnico depende mais propriamente da maior "quantidade" de comunicações de espíritos desencarnados, do que da "qualidade" do estudo do espiritualismo e de sua urgente renovação moral. Então afobam-se em aproveitar todo o ensejo favorável, que se fizer nos trabalhos espíritas, para transmitir a sua comunicação mediúnica, pois sentem-se profundamente malogrados quando não podem concretizar tal desejo.
Basta lembrar-vos que nos trabalhos mediúnicos onde a direção da mesa é inexperiente ou de excessiva condescendência, há momentos em que várias comunicações se atropelam simultaneamente, ou alguém ainda comunica após o encerramento, tal a febre dos novatos em transmitir a palavra dos seus guias, embora estes não sejam tão afoitos.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O perispírito composto de substância de um mundo mais evoluído em orbe inferior.




PERGUNTA: Mas um perispírito delicadíssimo, composto de substância de um mundo mais evoluído, não deveria exigir, mesmo num orbe inferior, um veículo de substância tão delicada quanto a do seu mundo anterior?

RAMATÍS:  Segundo o vosso modo de pensar, espíritos do quilate de Buda, Platão, Crisna ou Pedro, e de outros missionários do Bem espiritual, deveriam ter possuído corpos exclusivamente fluídicos, visto que seus padrões vibratórios, tão altos, não poderiam ter-se adaptado aos organismos demasiadamente animalizados e compactos, do vosso orbe. No entanto, Buda engordou até à obesidade e Platão era um carvalho vivo, de nervos e de músculos que fariam inveja ao mais avantajado lutador de box moderno, ao mesmo tempo que Pedro, sólido de carnes e cheio de força, impunha respeito pela sua figura de pescador enrijecido pelo Sol.

A influência anímica na abertura dos trabalhos mediúnicos – IV




PERGUNTA: — Há pouco vos referistes às "longas aberturas" dos trabalhos mediúnicos, o que nos faz perguntar se é razoável o costume adotado em certas reuniões espíritas, onde todos os médiuns, um por um, devem receber seu "protetor" para também fazer a abertura dos trabalhos e saudar os presentes. Isso parte dos chamados "protetores" ou se trata da interferência anímica dos médiuns?

RAMATiS:  O bom senso recomenda que nos trabalhos doutrinários ou de desenvolvimento mediúnico os seus realizadores aproveitem o máximo possível todos os minutos disponíveis, para só tratar de assuntos importantes e de esclarecimento público.
Convém evitar-se essa improdutiva prática de todos os médiuns, um por um, invocarem o protetor no trabalho mediúnico, imitando os soldados que respondem à chamada na revista do quartel. Gasta-se grande parte da hora valiosa e milimetrada do trabalho espírita em saudações sem proveito, num "tête-à-tête" que de modo algum compensa o sacrifício dos guias em abandonarem Mas tarefas espirituais e ficarem esperando para atuar na matéria.
Os dirigentes sensatos dos trabalhos espíritas, e que se destinam principalmente ao público, devem traçar um programa orientado pelo guia da casa ou mesmo pela diretoria responsável da instituição, graduando as comunicações de cada médium conforme o seu progresso e o seu proveito. Considerando-se que as sessões mediúnicas limitam-se apenas a uma hora de trabalho controlada rigorosamente pelo pêndulo do relógio, é evidente que os seus frequentadores semanais mais assíduos terão participado de 48 horas de trabalhos mediúnicos durante o ano. Sem dúvida, se os médiuns anímicos ainda gastam metade dessas horas valiosas em saudações e cumprimentos formalísticos, sobejam apenas 24 horas de serviço efetivo e proveitoso nesse ano, o que nos parece bem pouco como oportunidade para esclarecimento espiritual. Há que se considerar ainda que muitos frequentadores dormem durante as sessões, outros palestram ou se desinteressam das preleções dos espíritos porque muitas vezes estas são enfadonhas, prolixas e cansativas, sob a interferência improdutiva e muito anímica dos seus médiuns.

sábado, 9 de novembro de 2013

Passagem reencarnatória do campo energético da Terra.







PERGUNTA:  Mas não há contradição na passagem reencarnatória do campo energético da Terra, que é orbe mais evolvido para esse astro intruso, de magnetismo primitivo, agressivo e letárgico, consequentemente inacessível às possibilidades de comando dos espíritos exilados para ali?


RAMATÍS:  Enquanto esse intercâmbio ainda se processa no plano físico, da carne, na região do corpo denso, que é o sétimo plano na descida vibratória do Espírito angélico, as diferenças de magnetismo são menos sensíveis, pela semelhança natural e por ser o mesmo o mecanismo de vida, que é a física. Todos os espíritos que ainda se situam nas reencarnações físicas — que são aprendizes e não missionários — não encontram obstáculos intransponíveis na reencarnação, por estarem familiarizados com todas as mudanças das faixas vibratórias do mesmo plano. Embora provindos de zonas energéticas diferentes, harmonizam-se pela identidade do mesmo processo reencarnatório a que são submetidos no plano denso.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

IDENTIDADE CÓSMICA.



A influência anímica na abertura dos trabalhos mediúnicos – III





PERGUNTA:  Essa falta de instrução, que leva os médiuns incipientes a copiar o modo de falar, a voz, a maneira e o estilo do médium principal, pode prejudicar os trabalhos do próprio centro onde militam?

RAMATIS:  Ainda são poucos os trabalhos mediúnicos que estão livres de certas práticas contraproducentes e que satisfazem integralmente aos espíritos comunicantes. Os médiuns, em grande parte, conforme já vo-lo dissemos, devotam-se forçadamente à pratica mediúnica, porque vivem acicatados pela necessidade de se desenvolverem, com o fito de recuperar a saúde ou livrar-se de incômoda opressão psíquica, que os atuca comumente. Falta-lhes, de início, o sentido heróico de renúncia aos seus interesses pessoais, o prazer de servir ao próximo ou o ideal de divulgar a doutrina espírita. 
 Então, claudicam por muitos anos, mudam incessantemente de centro espírita para centro espírita, sempre insatisfeitos e à procura de "correntes afins", de "bons trabalhos" ou "reuniões elevadas", onde possam obter o máximo rendimento pelo mínimo esforço. No entanto, muitos desses médiuns incultos e inquietos esquecem-se de que, ao participarem das "melhores correntes" e dos melhores trabalhos espíritas, algumas vezes eles também terminam por desarmonizar os labores mediúnicos alheios. A solução, portanto, não se cinge à exclusividade de se procurarem grupos espíritas mais simpáticos ou mais eficientes para o êxito do desenvolvimento mediúnico, pois o médium deve promover a renovação íntima do seu espírito no próprio ambiente onde a bondade dos presentes lhes tolera a bagagem ainda bastante defeituosa.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

A influência anímica na abertura dos trabalhos mediúnicos – II






PERGUNTA:  É razoável essa imitação por parte dos médiuns "novos", no desenvolvimento mediúnico?

RAMATÍS: Isso é humano e bastante justificável, pois metade da humanidade gostaria de imitar a outra metade. É de regra geral que, em qualquer experiência no mundo, os neófitos se guiem pelos veteranos, porque desconhecem o caminho e, assim, precisam seguir as pegadas dos que lhes vão à frente. O artista, a cantora, o escritor ou orador famosos seguem pela vida acompanhados do cortejo de imitadores que, nessa ansiosa emulação, também buscam a mesma fama e celebridade. É certo que alguns dos imitadores, com o decorrer do tempo, também conseguem impor-se por alguma criação original; mas, de início, o candidato incipiente precisa apoiar-se naqueles que já alcançaram o êxito. Acontece o mesmo no campo da mediunidade, em que os novatos procuram assimilar as qualidades dos veteranos, malgrado no futuro poderem até superá-los vantajosamente. No entanto, desde que os candidatos a médiuns olvidem o estudo, a pesquisa incessante, e receiem enfrentar os "tabus" supersticiosos, preferindo a cômoda posição do misticismo suspiroso improdutivo, não há dúvida de que se cristalizarão como ruins imitadores dos bons ou maus médiuns em que se inspirarem. E assim viciar-se-ão também aos chavões sentenciosos, às senhas sibilinas e às metáforas ridículas que são proferidas sob a eloquência imitativa dos velhos tribunos romanos.

O fenômeno de adaptação dos perispíritos, nas transferências de orbe.





PERGUNTA:  Ficam porventura anuladas as leis reguladoras das adaptações comuns nos campos da química e da física? Não podemos deixar de reconhecer que os ajustes vibratórios magnéticos também devem submeter-se à lei do "semelhante atrai o semelhante". Não será assim?
RAMATÍS:  O fenômeno de adaptação dos perispíritos, nas transferências de um orbe para outro, nas zonas invisíveis aos sentidos físicos, não se submete de modo algum às mesmas leis que disciplinam os planos materiais, do mesmo modo que os princípios que regem o oxigênio livre, na atmosfera, diferem profundamente das leis que o disciplinam nas combinações da massa líquida. Inúmeras vezes a ciência acadêmica considerou impossíveis várias adaptações biológicas a experiências físicas violentas; no entanto, elas se tornaram, depois, assuntos corriqueiros e desmentiram fragorosamente os cientistas. Os povos litorâneos, condicionados ao nível do mar, após rápidas adaptações, conseguem viver até nas atmosferas límpidas dos picos dos Andes ou do Himalaia; a foca, deslocada dos polos, tem conseguido viver até no Equador! No século XVI, a ciência protestava contra os doidos que se ensaiavam para os voos atmosféricos, afirmando que o homem fora feito especificamente para viver ao nível do solo; mas o progresso da aviação desmentiu a ciência e, atualmente, o homem não só invade a própria estratosfera como ainda impõe um desmentido aos severos preceitos científicos do passado, quando o paraquedista salta até de 12.000 metros de altura, submetido a todas as pressões e atritos, para só abrir o paraquedas a algumas centenas de metros do solo térreo. Quando apareceu o automóvel e os primeiros "chauffeurs", que viajavam a 30 quilômetros horários, aventaram a ideia de se atingirem 80
quilômetros no porvir, os graves representantes da Ciência prognosticaram que o homem seria, com isso, transformado em geléia humana! E houve novo desmentido, pois atualmente certas jovens franzinas, e até cardíacas, de cabelos ao vento e blusas de peito aberto, atingem 150 quilômetros horários, sem que lhes caia um só fio de cabelo ou fiquem sufocadas pelo vento! Os asfixiantes escafandros dos antigos mergulhadores, sem os quais a voz oficial considerava impossível ao homem resistir ao meio líquido, já se substituem por modernas nadadeiras e máscaras franzinas, enquanto os seus portadores descem a profundidades consideradas pelo academismo pessimista do mundo, impossíveis de atingir! Em breve, os pilotos terrícolas se adaptarão à estratosfera, dispensando os custosos trajes pressurizados, assim como no interior das aeronaves, a quase mil quilômetros horários, os seus ocupantes saboreiam tranquilamente a refeição trazida pela "aero-girl"!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Os florais





"Que possamos ter sempre no coração a gratidão pelo Criador, que, em toda a Sua Glória, colocou as ervas nos campos para a nossa cura."
Dr. Edward Bach

As flores estão presentes nos principais momentos de nossas vidas: nos nascimentos, nos aniversários, nas formaturas e casamentos, e também nas despedidas e nos funerais. Costumamos ofertar flores aos santos, nos altares das igrejas, e incluí-Ias nas oferendas aos orixás.
Os florais descobertos pelo médico inglês Edward Bach são essências extraídas das flores e atuam preventivamente nas nossas emoções, para que mais tarde não se instale a doença em nosso corpo físico. Ao contrário do que se pensa, não são considerados remédios e sim compostos eletromagnéticos que funcionam como alimento da alma. Portanto, são muito eficazes no tratamento da depressão, baixa-estima, ansiedade, medos, traumas, crises de pânico, doenças mentais etc., trabalhando a personalidade ou um momento específico de vida do indivíduo.
Também são muito eficazes em processos de mudança, como na adolescência, na gravidez,
na menopausa, nas auto obsessões (idéias fixas), ou mesmo nas doenças consideradas físicas, já que estas têm início no campo mental/emocional do ser humano em desequilíbrio, quando atrai para si pensamentos negativos de raiva, mágoa, rancor, vingança, em situações mal resolvidas, e geram cristalizações mentais que dão origem às enfermidades. É como se diz popularmente: "Aquilo que o cérebro não compreende, o estômago não digere", ou seja, a falta de compreensão, gratidão e perdão cria no corpo físico a doença.

domingo, 3 de novembro de 2013

Intercâmbio sensato.



A influência anímica na abertura dos trabalhos mediúnicos - I




PERGUNTA:  Que dizeis dos médiuns que sempre iniciam os seus trabalhos mediúnicos usando fórmulas ou palavreado particular, espécie de prefixos sem qualquer sentido doutrinário e vazios de significação, tais como estas frases: 'fiquem convosco as bênçãos das infinitas alturas", "baixem as luzes dos pés de Deus sobre vós", "que a bandeira branca coroe vossas cabeças" ou "o manto da humildade se desfolhe sobre vossos ombros"? Trata-se de convenções particulares dos espíritos comunicantes, ou apenas de fruto do animismo dos médiuns?
RAMATIS: Isso é mais comum entre os candidatos a médiuns, em desenvolvimento mediúnico, ou próprio daqueles que se cristalizaram num mediunismo improdutivo. Certos vícios anímicos propagam-se por vários médiuns, que na fase do seu desenvolvimento os copiaram do médium principal da instituição espírita onde iniciaram seus primeiros passos para o despertamento de sua faculdade. Trata-se, neste caso, de um animismo coletivo, próprio de determinados trabalhos espíritas doutrinários ou mediúnicos ainda incipientes. 
Quando os candidatos a médiuns têm a sorte de se colocar sob a direção de outros médiuns estudiosos, sensatos e avessos às fórmulas, aos símbolos, às chaves ou ao fraseado pomposo, eles também desenvolvem sua faculdade sem as excrescências anímicas que tanto obscurecem ou ridicularizam a prática mediúnica. Há médiuns que, devido ao estudo incessante das obras espíritas e indagaçõe esclarecedoras, progridem tão rapidamente no primeiro ano do seu exercício mediúnico, que ultrapassam em conhecimentos e experiências
aquilo que os seus companheiros comodistas, preguiçosos, displicentes ou sectaristas não conseguem em 20 anos de trabalho. Estes últimos vivem repetindo- as comunicações fastidiosas tantas vezes repisadas, usando dos velhos chavões e da eloquência sentenciosa de sempre, enquanto permanece vazio de qualquer proveito espiritual o conteúdo do que transmitem. Pensando que o desenvolvimento mediúnico se resume na exclusiva operação de "receber" espíritos desencarnados, eles se habituam à mesma chapa mediúnica usada há vários anos, enquanto se cristalizam mim animismo improdutivo, que impede os guias de expor qualquer assunto novo aos encarnados, pela impossibilidade de atravessarem o paredão granítico de um condicionamento tão pobre de recursos intelectivos e de conhecimentos espirituais.
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