Sabedoria Ramatis

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A dualidade do sincretismo na crendice popular: orixás santificados, exus demonizados – Vlll







PERGUNTA: - E quanto a esses terreiros ligados às práticas mágicas populares que dizem cultuar os orixás, locais onde se misturam ritos de sacrifícios animais, comidas e despachos pagos deixados nas vias públicas com os transes mediúnicos dos falangeiros de "umbanda"; afinal, o que se manifesta nesses casos?

RAMATÍS: - Majoritariamente espíritos chumbados na crosta, sedentos das sensações animais, saudosos de quando possuíam um corpo físico; espíritos que se locupletam no mando desses terreiros mantidos pelos fluidos ectoplásmicos exsudados (sangue quente derramado) que os fortalecem no Astral inferior. Assim, obtêm energia para plasmar suas habitações nas zonas densas do Umbral.
Apropriam-se das "coroas" (chacras coronários) dos médiuns que aceitaram a iniciação nefasta do sangue na cabeça, a qual afasta os verdadeiros guias da umbanda, favorecendo-os para que se façam passar por eles, enodoando o sagrado nome da umbanda e mimando seus aparelhos nos gozos sensórios e realizações materiais, uma vez que precisam, em suas hipnoses mentais, até das emanações físicas dos atos fisiológicos eivadas de animalidade que são o comer, o beber, o intercurso sexual entre outros, que os saciam nas insanidades.
Como a Providência Divina em tudo está, os caravaneiros e missionários da umbanda "baixam" em muitos centros como os descritos, nas formas astrais de pais velhos e caboclos, que aos poucos, com humildade no servir e simplicidade nas orientações, permanecem no cantinho do terreiro, quietinhos, podando os atos fetichistas dos filhos-de-santos e amainando a dependência psicológica .dos sacrifícios. Lembrai-vos do exemplo de Jesus, que se impôs indescritível rebaixamento vibratório, para ocupar um escafandro de carne, e mesmo nesse invólucro pesado foi canal do Cristo Cósmico, visitando todos os lugares que se lhe apresentaram enquanto esteve entre vós. Quantos pretos velhos, com seus rosários e galhinhos de arruda, orientam filhos e fazem curas com um simples passe, também nesses locais, libertando aos poucos as consciências e fazendo-as despertar em seus palavreados mansos e matreiros para o fato de que a caridade não mata e de que a umbanda é vida.
Tudo se transforma no Cosmo, e o que parece um absurdo aos olhos julgadores dos que estão na Terra nada mais é do que o tempo necessário às mudanças em vossa transitoriedade no ciclo carnal. A pressa é dos humanos, e os movimentos rápidos são aparentes diante do Universo em sua "lentidão" transformadora e na inexorável atração para Deus, uma vez que Ele em tudo está, mesmo nos lugares que se encontram distanciados d'Ele.


(Origem: A Missão da Umbanda – Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento)

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