Sabedoria Ramatis

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A dualidade do sincretismo na crendice popular: orixás santificados, exus demonizados – lV






PERGUNTA: - Afinal, o que é exu?

RAMATÍS: - O Incriado, o Imanifesto, o Deus único não se manifesta diretamente. D'Ele se expande um "fluido" informe que interpenetra em todas as sete dimensões vibratórias do Cosmo e, acima dessas faixas, torna-se novamente uno com o Pai. Num descenso vibratório, o Divino, por meio de exu, seu agente mágico, transforma-o em veículo de manifestação da Sua vontade, oportunizando Sua manifestação indireta em todas as vibrações e formas do Universo.
Todas as ondas, luzes e eletricidade, bem como todos os sons e magnetismo, são simples meios de manifestação de exu, que possibilitam a junção atômica das energias cósmicas nos formas que conseguis entender em vossa escassa percepção de encarnados.


PERGUNTA: - Nas tradições africanistas, exu é considerado o mensageiro do planos ocultos, dos orixás, sendo o que leva e traz, o que abre e fecha, nada sendo realizado sem ele na magia. O que isso quer dizer?

RAMATIS: - Liberando o panteão africanista das lendas antropomorfas recheadas de' símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo, reforçados oralmente pelos sacerdotes tribais ao longo das gerações (maneira inteligente de fixar conhecimentos que de outra form desapareceriam), conclui-se que exu é um aspecto do Divino que tudo sabe, para o qual não há segredos. A vibração de exu, indiferenciada, atua em todas as latitudes do Cosmo, não fazendo distinção de ninguém, tendo um caráter transformador, promovendo mudanças justas necessárias para o equilíbrio na balança cármica de cada espírito. Lembrai-vos de que antes da calmaria a
tempestade rega a terra, refresca e traz vitalidade, ao mesmo tempo em que constrói, desfaz ribanceiras e quebra árvores com raios do céu. Exu é o princípio do movimento, aquele que tudo transforma, que não respeita limites, pois atua no ilimitado, liberto da temporalidade humana e da transitoriedade da matéria, interferindo em todos os entrecruzamentos vibratórios existentes entre os diversos planos do Universo. Por isso, exu é considerado o mensageiro dos planos ocultos, dos orixás, sendo o que leva e traz, o que abre e fecha, nada se fazendo sem ele na magia.
Nas dimensões mais rarefeitas, exu se confunde, unido aos orixás, com o eterno movimento cósmico provindo do Incriado, sendo característica d'Ele, denominação dessa qualidade transformadora impossível de ser transmitida no vocabulário terreno. Grosseiramente, exu movimenta a energia, não é a energia propriamente: o movimento rotatório do orbe cria as ondas, mas não é a água dos mares.


(Origem: A Missão da Umbanda – Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento)

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